Pular para o conteúdo principal

Saiba a história da Quadrilha do Sampaio, cujo presidente será o marcador do workshop de quadrilha promovido pelo JFD


O Jornal Falando de Dança promoverá um workshop de quadrilha caipira pra você fazer bonito nos bailes temáticos de dança de salão! O workshop acontecerá todos os sábados de junho/2014 e o marcador será top de linha: Márcio Perrotta, presidente da Quadrilha do Sampaio, fundada em 1956! Veja abaixo o histórico da Quadrilha do Sampaio, extraído do blog http://quadrilhadosampaio.blogspot.com.br

A Sampaio, a mais tradicional das quadrilhas de roça do Brasil em atividade, foi fundada no dia 24 de junho de 1956 por Carmem Perrotta. Além de passos bem marcados e cenários primorosos, as apresentações do grupo são uma verdadeira aula de folclore. Desde a sua criação, a quadrilha do Sampaio sempre se preocupou em desenvolver temas alusivos a nossa cultura popular. Além disso, os figurinos dos componentes são um espetáculo à parte, seja pela beleza das roupas ou pela riqueza dos detalhes.

 
Quadrilha do Sampaio 1956

E tanto empenho valeu a pena: desde 1970 a Sampaio se tornou campeã absoluta de todos os concursos oficiais do Rio de Janeiro. E tantas vitórias rendeu ao grupo o título de hors concours.
Ao longo dos anos, Carmem Perrotta criou temas, cenários, passos e personagens inesquecíveis e que fizeram história na quadrilha do Sampaio e nos festejos juninos do Rio de Janeiro.

E como não lembrar do prefeito Almir; da primeira dama Marilda e de suas filhas Andreia e Adriana; dos padres Átila e Armando e dos sacristãos Eustáquio e Bernardo; da parteira dona Eugênia; do capataz Dalvanes, do casal de noivos Eledir e Sônia; das famílias Araújo, Macário e Belmiro; da Nazaré, da Cristina e da Mita; do Manoel e das meninas da Casa da Luz Vermelha: Ilce, Marta, Irani e Zazá; e da sinhazinha Denise, que por 17 anos consecutivos viveu esse personagem com maestria! E ainda tem os delegados, os coronéis, as rainhas, as floristas...

Como não citar os brincantes Bruna Batista, a neta do coração de Carmem Perrotta, e que deu os seus primeiros passos quando criança já em ritmo de dança junina; Gilson Martins com a sua incansável dedicação para ver a quadrilha do Sampaio brilhar, e Acir, que durante muito tempo foi o responsável pelos cenários; Maria Gracinha e os seus 18 anos de apoio total ao grupo; além do quinteto Jorge Mendes, Lúcia Maria, Valtecir, Washington Braga e Tomazinho, que com mais de duas décadas de dedicação dançam até hoje na quadrilha...

Cavalheiros do Sampaio 1956

Sem contar as famílias, os casais que se formaram dentro e fora do arraial e tantos outros amigos e personagens que marcaram época e que ajudaram a escrever essa história. É tanta gente boa que já passou pelo grupo e tantos outros igualmente bons que ainda estão por lá, que seria necessário um vídeo inteiro só para agradecer a todo mundo. E todos com muita história boa pra contar!

E as apresentações da quadrilha do Sampaio... Como não falar do trenzinho, do moinho, do carrossel de flores, da Cruz de Malta e do pau de fitas? Passos exaustivamente ensaiados e que até hoje arrancam aplausos, onde quer que sejam mostrados!

Quadrilha do Sampaio na década de 1970
Primeira premiação 1970
Primeira premiação 1970
O reconhecimento por tanto empenho e dedicação faz com que a agenda dessa turma viva lotada. A Sampaio já representou a cidade e o estado do Rio de Janeiro, e até mesmo o Brasil, nos mais variados eventos pelo país afora.

E os convites para participações especiais também não param de chegar! Não é de hoje que estes quadrilheiros arretados dão consultoria, gravam comerciais e dividem os bastidores e o palco com artistas consagrados.

Em 2001, o grupo participou da gravação do clipe da música "Nordeste Cosmopolita", do CD Bahião, de Moraes Moreira; Em 2002, os componentes da Sampaio desfilaram com a Mangueira e fizeram um verdadeiro arraial em plena Marquês de Sapucaí; em 2003, o grupo dançou antes da apresentação da Elba Ramalho, na Marina da Glória; em 2004, um casal da quadrilha ilustrou a contracapa e o encarte do CD do Forroçacana; e em 2011, a quadrilha do Sampaio abriu o show de Gilberto Gil, na Quinta da Boa Vista, para um público de 30 mil pessoas. Isso só para citar alguns trabalhos.

A Quadrilha também já bateu ponto em documentários da TVE e da GNT; em novelas da Tv Globo, com Agora é que São Elas e A Lua me Disse; e em diversos programas de televisão, como: Sem Censura, Casseta & Planeta, A Grande Família, Sítio do Pica-Pau Amarelo, Garotas do Programa, Mais Você, Cassino do Chacrinha, Show da Xuxa, Caldeirão do Huck, Esquenta, entre outros.
Márcio Perrota
Presidente e puxador da Quadrilha do Sampaio
Ainda tem a presença constante nos telejornais locais, como Globo Comunidade e RJTV, e as incontáveis matérias e entrevistas nos principais veículos de comunicação. Tudo proporcional aos mais de 50 anos de história sempre dedicados à cultura e à tradição.

Assim são os nossos brincantes: incansáveis, inquietos, guerreiros, apaixonados e apaixonantes. Sempre prontos pra uma nova temporada e sempre prontos pra surpreender. Esses fiéis escudeiros da nossa cultura popular, para alegria da eterna rainha Carmem Perrotta, faz tempo que ultrapassaram o reino do faz-de-conta. E do bairro do Engenho Novo, onde tudo começou, para o mundo, orgulhosamente apresento, uma família chamada amor, mas que também atende pelo nome de Quadrilha do Sampaio.

Carmem Perrota - Fundadora da Quadrilha do Sampaio

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Um pouco de história

Madame Poças Leitão Por Carla Salvagni* Louise Frida Reynold Poças Leitão é o nome completo de Madame Poças Leitão, que chegou em São Paulo em 1914, deixando Lousanne, na Suiça. Logo percebeu que os jovens das famílias mais abastadas necessitavam urgentemente de noções básicas de etiqueta. Fundou então a aristocrática “Escola de Dança de Salão e Boas Maneiras”**, em São Paulo. A dança de salão estava incluída no conhecimento básico de etiqueta, era indispensável na vida social requintada. Madame Poças Leitão representou a primeira (senão única) e mais importante escola de dança de salão nas classes altas, em contraste com inúmeros professores que atuavam principalmente na periferia de São Paulo e Rio de Janeiro, vários associados às casas de prostituição e/ou bailes populares (mas isso já é outra história, que oportunamente trataremos). Assim, graças a essa divisão por classe econômica e nível social do início do século, até hoje define-se duas linhas básicas de trabalho e duas his...

Pole Dance: saiba um pouco sobre as origens da dança e conheça a professora de dança de salão que treinou o elenco global

A professora Alexandra Valença e suas alunas no Projac Como tudo o que aparece nas novelas, o Pole Dance, apresentado ao público na novela Duas Caras, ganhou destaque na mídia e despertou o interesse de leigos e profissionais para essa forma sensual de dançar.  Nesta matéria, saiba um pouco sobre as origens da dança e conheça a professora de dança de salão que treinou o elenco global. Dançar em volta de instrumentos verticais já era uma prática em culturas milenares da Ásia.  O nome Mallakhamb, por exemplo, designa uma modalidade de ioga praticada num varão de madeira ou numa corda. Já o Mallastambha consistia no uso de um varão de ferro por lutadores, para aumentar a força muscular.  De fato, os movimentos em torno da vara trabalha o condicionamento físico, fortalecendo, sobretudo a musculatura de braços, abdome e pernas. Como a conhecemos no ocidente, a dança na vara, ou Pole Dance, surgiu na Inglaterra, passou para a Europa e foi para os Estado...

Um pouco de história: sobre sociedades dançantes, clubes recreativos e gafieiras

Dia 22 de agosto de 2012 o Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro publicou dois decretos que contribuirão para a preservação da história da dança de salão carioca.  Por eles, é feita a desapropriação e o tombamento provisório do prédio onde atualmente funciona o Centro Cultural Estudantina Musical, que recentemente perdeu a ação de despejo movida pela Ordem Terceira do Carmo, proprietária do imóvel. Salão da gafieira Estudantina, vendo-se ao fundo seu famoso slongan: "Enquanto houver dança, haverá esperança" Sobre as origens das gafieiras cariocas Na época do segundo império brasileiro, com os bailes da corte se popularizando pela cidade, foram criadas as  SOCIEDADES DANÇANTES , clubes onde se aprendia a dançar e onde se promoviam bailes frequentados por seus associados, vindos das camadas mais abonadas da sociedade carioca. Afinal, é bom lembrar, o baile era um dos poucos locais onde as pessoas podiam ter contato com o sexo oposto de...