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Profissionais da dança carioca, reunidos no movimento Reage Dança, agendam manifestação diante da Prefeitura do Rio dia 26/02 às 14h

Profissionais e simpatizantes da dança carioca planejam presença “poética, enfática e política” na frente à sede administrativa da Prefeitura (popularmente conhecida como "Piranhão", na Cidade Nova, próximo à estação Estácio, do Metrô) na próxima terça-feira, dia 26/02, às 14h.

  • Clique AQUI para acessar o face do movimento Reage Dança 
Nesse dia, uma comissão de representantes da classe, formada dentro do movimento Reage Dança, que se reuniu no estúdio Casa da Pedra, dia 20/02, tem agendada uma audiência (às 16h30) com o atual secretário de cultura da cidade, Sérgio Sá Leitão.

Sobre a reunião na Casa da Pedra

Ao tomarem conhecimento da extinção da Gerência da Dança na Secretaria Municipal de Cultura, uma conquista dessa classe artística; da demissão do produtor executivo do Centro Coreográfico; da extinção do Fundo da Dança, o FADA; e da falta de verbas para as atividades artísticas no CCoRJ no ano de 2013, dezenas de profissionais da dança se reuniram no Studio Casa de Pedra, na Gávea, dia 20 de fevereiro, e formaram uma comissão que marcou a audiência com Sá Leitão e a manifestação antes do encontro.  A comissão que se reunirá com o secretário municipal de cultural é assim composta:

  1. Angel Vianna – bailarina, coreógrafa e diretora da Escola e Faculdade Angel Vianna
  2. Andrea Jabor - coreógrafa e diretora da Cia Arquitetura do Movimento
  3. Denise Acquarone – bailarina, professora, membro do Colegiado Setorial de Dança / MINC
  4. Esther Weitzman – coreógrafa e diretora da Esther Weitzman Cia de Dança, professora e diretora do Studio Casa de Pedra
  5. Gustavo Ciríaco – performer, coreógrafo e artista contextual
  6. Márcia Milhazes – bailarina, coreógrafa e diretora da Márcia Milhazes Companhia de Dança
  7. Roberto Anderson – coreógrafo, arquiteto e gestor cultural
  • Clique AQUI para acessar nossa cobertura fotográfica dessa encontro (link Picasa)
Sobre a extinção da Gerência da Dança
Ainda no último dia 20, Diana de Rose, profissional que ocupava o cargo de Gerente de Dança na SMC-RJ até a entrada do novo secretário, enviou um e-mail para toda a classe de dança da cidade com o objetivo de esclarecer sua transferência para a direção artística do Centro Coreográfico, além de compartilhar um relatório sobre as ações da Gerência de Dança no período compreendido entre 2011 e 2012.

  • Clique AQUI para ler o teor do email de Diana de Rose, publicado no blog CtrlAltDança 
  • Clique AQUI para ler o relatório de Diane de Rose anexado ao email ()
Sobre a Manifestação

O Jornal Falando de Dança apoia a manifestação desta terça, dia 26/02, às 14h, em frente ao prédio da Prefeitura, por acreditar que o ato será importante para demonstrar a legitimidade do grupo que pediu (e obteve) a reunião, como representantes da dança carioca. Portanto, caros leitores amantes da dança, se puder, esteja presente neste ato!

Comentários

Transcrevemos o texto entregue ao secretário municipal de cultura pela comissão da dança carioca, na reunião do dia 26/03/13, conforme publicado no face do movimento Reage Dança:

Histórico entregue ao Secretário Sérgio Sá Leitão

INICIATIVAS PARA A DANÇA REALIZADAS PELA SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA RJ (ANOS 90 / 2000):

Este documento consiste em um breve relatório sobre as políticas culturais implementadas e lançadas pela Secretaria Municipal de Cultura nas últimas duas décadas. Grande parte dos dados para o presente resumo foram obtidos através da consulta à dissertação de mestrado do Sr. Leonel Brum, o qual gentilmente nos cedeu o seu trabalho ainda não publicado para tal objetivo.
É importante informar que as políticas culturais da Secretaria Municipal de Cultura eram elaboradas e executadas pelo Instituto Municipal de Arte e Cultura, o RioArte, braço executivo da Secretaria, o qual existiu de 1977 até 2006, quando foi extinto através de um decreto pelo então prefeito, Sr. César Maia.
Seguem-se abaixo os principais pontos da política municipal para a dança na Cidade do Rio de Janeiro.
Índice:

1 - PROGRAMA RIOARTE DE SUBVENÇÃO À DANÇA CARIOCA
2 - FESTIVAL PANORAMA DE DANÇA
3 - PROGRAMA DE BOLSAS RIOARTE
4 - PRÊMIO RIODANÇA
5 - PROJETO MEMÓRIA DA DANÇA
6 - CIRCUITO CARIOCA DE DANÇA
7 - FESTIVAL DANÇA EM TRÂNSITO
8 - CENTRO COREOGRÁFICO DA CIDADE DO RJ
9 - APOIO A TEMPORADAS DE DANÇA
1) PROGRAMA RIOARTE DE SUBVENÇÃO À DANÇA CARIOCA (1995-2005)
Este programa do Rioarte visava à manutenção do trabalho continuado de coreógrafos e bailarinos cariocas através de subvenção anual às companhias de dança residentes e ativas na cidade.
O programa iniciou-se com três companhias: Companhia Regina Miranda de Atores-Bailarinos, Companhia Carlota Portella - Vacilou Dançou e a recém-fundada Companhia de Dança Deborah Colker. Em 2000, a subvenção foi ampliada de sete para onze companhias, porém a verba diminuiu. O resultado dessa redistribuição significou a redução da quantia anual recebida pelos grupos antigos de R$ 80 mil para R$ 50 mil. Este número cresceu até alcançar treze companhias subvencionadas em sua fase final de existência, entre 2003 e 2005 (no entanto, como dito anteriormente, nem sempre aumentando proporcionalmente o montante de verba do projeto). Em sua última fase cada cia. chegou a receber 60 mil reais por ano, o que significava um orçamento total de 780 mil reais para o projeto como um todo.
Em 2005, com atrasos cada vez maiores na liberação das verbas, o programa foi extinto pelo Rioarte, com a promessa de relançá-lo sob um formato “mais abrangente”. As treze companhias apoiadas então eram: Trupe do Passo (Duda Maia), Companhia Steven Harper, Companhia de Dança Dani Lima, Companhia de Dança Márcia Rubin, Paula Nestorov Companhia, Ana Vitória Dança Contemporânea, Renato Vieira Companhia de Dança, Companhia Carlota Portella – Vacilou Dançou, Staccato Companhia de Dança (Paulo Caldas), Dupla de Dança Ikswalsinats (Frederico Paredes e Gustavo Ciríaco), Márcia Milhazes Dança Contemporânea, Os Dois Companhia de Dança (Giselda Fernandes) e Esther Weitzman Companhia de Dança.
Além da verba, que permitia o pagamento de salas de ensaios e de salários aos profissionais envolvidos, chegou-se a insinuar em determinado momento uma política diferenciada para essas companhias no que diz respeito à preferência em pautas em teatros municipais (como Espaço Cultural Sérgio Porto, Teatro do Jockey e Teatro Carlos Gomes) e apoio para divulgação de seus espetáculos.
A maior parte das companhias subvencionadas era formada por artistas que surgiram na cena carioca ainda nos anos 90, sobretudo através do Panorama de Dança. A estabilidade (relativa) proporcionada pela subvenção permitiu a estes grupos se estruturarem profissional e artisticamente. Dentre os grupos que foram apoiados pelo programa, destacam-se Lia Rodrigues Companhia de Danças e Cia. de Dança Deborah Colker, as quais trilharam enorme sucesso dentro e fora do Brasil, sendo posteriormente apoiadas por outras instâncias fomentadoras.
O Programa de Subvenção foi acompanhado por um boom de companhias criadas a partir da segunda metade da década de noventa. Além das companhias apoiadas, como a Dupla de Dança Ikswalsinats (surgida em 1995), Paula Nestorov Companhia (surgida em 1996), Ana Vitória Dança Contemporânea (surgida em 1996), Trupe do Passo (surgida em 1997), Companhia de Dança Dani Lima (surgida em 1997) e Esther Weitzman Companhia de Dança (surgida em 1999), nesse período ainda surgiram as companhias Tabula Rasa Dança Contemporânea (Henrique Schüller), Companhia Lúmini (Sérgio Machado), Grupo Tápias Companhia de Dança (Giselle Tápias), Arquitetura do Movimento (Andrea Jabor), AMCD - Andrea Maciel Cia. de Dança, Paulo Mantuano Companhia de Dança, Cia. Ra Tame Tanz (Alexandre Franco), Cia. Movimento e Luz (Ivana Menna Barreto), Tanzhaus (Toni Rodrigues) e Pulsar Cia. de Dança (Thereza Taquechel); os primeiros trabalhos de coreógrafos que depois teriam suas próprias companhias, como Alex Neoral (Focus Cia. de Dança) e Carlos Laerte (Laso Cia. de Dança); e criadores independentes como Paula Águas, Helena Vieira, Michel Groisman, Marcela Levi, Cláudia Müller, Denise Stutz, Verusya Correa, Cláudia Petrina, entre outros. Na mesma época, companhias como a de Lia Rodrigues e de Deborah Colker iniciaram expressivas carreiras internacionais.

2) FESTIVAL PANORAMA DE DANÇA (1992- ...)
Evento criado por Lia Rodrigues, o Panorama da Dança Contemporânea teve sua primeira edição no Espaço Cultural Sérgio Porto, reunindo treze grupos cariocas em 1992.
Em 1997, o festival entrou para o calendário oficial da cidade, sendo adotado pelo RioArte, o que significou um aumento de verbas e a sua transferência do Espaço Cultural Sérgio Porto para o Teatro Carlos Gomes, passando a se chamar Panorama RioArte de Dança.
Em 2004, a parceria com a Secretaria Municipal de Cultura foi descontinuada. Na época, a Prefeitura contribuía com um terço do custo total do festival (no ano de 2003, o orçamento geral do festival foi de R$1.000.000,00) e cedia os teatros Sérgio Porto e Carlos Gomes, mas atrasava em vários meses a liberação das verbas. O restante do custo (2/3) do festival provinha dos parceiros nacionais (SESC RJ, SESC SP e Funarte, entre outros) e internacionais do festival.
Em 2006, Lia Rodrigues deixou a direção do festival, assumida por Nayse Lopez e Eduardo Bonito desde então.
O Panorama de Dança abrange apresentações de espetáculos, performances e work-in-progress nacionais e internacionais, além de atividades paralelas como workshops, debates e lançamento de livros. Iniciativas como a Mostra Novíssimos Coreógrafos, residências com criadores, diálogos (como o Springdance Dialogues, em 2002), projetos de intercâmbio, delineando uma política de festival que potencializou o surgimento de novos artistas e projetos na cena carioca e nacional.
Parcerias com instituições como British Council, Goethe Institut, Consulado Geral da França, Aliança Francesa, e Festival Danças na Cidade de Lisboa / Portugal, permitiram trazer ao festival companhias internacionais e levar a países como Inglaterra, Alemanha, EUA, França e Portugal espetáculos e criadores brasileiros. Parcerias com algumas instituições e festivais estrangeiros também permitiram a realização de projetos de colaboração entre artistas brasileiros e de outros países, como o Projeto Encontros Brasil/Lisboa 2005/2006 e o projeto coLABoratorio, que reuniu 20 artistas da Europa e da América do sul, entre 2006 e 2007 para a realização de criações conjuntas.

“A dança realiza-se hoje como uma das principais manifestações culturais da Cidade do Rio de Janeiro. Festivais, Encontros, Companhias de Dança, a todos a Secretaria Municipal de Cultura, através do RioArte tem dado especial atenção, dentro de sua política de incentivo, fomento e apoio às Artes.
O Panorama RioArte surge como uma vitrine desta política. O público do Rio terá a oportunidade de assistir a uma programação diversificada com espetáculos inéditos de companhias subvencionadas pela prefeitura além de outros grupos de dança contemporânea cariocas, de outros estados e países. Os profissionais do Rio poderão vivenciar intenso intercâmbio com outras companhias através de workshops e palestras. Realiza-se o Panorama RioArte de Dança 1997, pensa-se no próximo, vê-se o evento fazendo parte do calendário oficial da Cidade do Rio de Janeiro firmando-se como a capital nacional da dança”.
Helena Severo, Programa Panorama 1997

“Desde sua primeira edição, o Panorama mudou de formato, fortaleceu o relacionamento com os parceiros no Brasil e no exterior e saiu da dependência financeira das estruturas municipais para sua atual forma de financiamento, via leis de incentivos federais e estaduais. As empresas parceiras entendem que a combinação de espetáculos menos comerciais, com excelência artística e preços populares é não só viável, como garante mais acesso à arte e maiores possibilidades de integração com diversos públicos da cidade. Uma grande parte do financiamento do festival vem também de institutos, fundações e organismos de fomento internacional, numa confirmação da credibilidade e relevância que o Panorama alcançou no mundo”.
Programa Panorama 2006
3) PROGRAMA DE BOLSAS RIOARTE (1995-2004)
Bolsa destinada a pesquisadores, artistas, autores e técnicos com projetos de interesse cultural para a cidade do Rio de Janeiro nas categorias: Artes cênicas (dramaturgia e cenografia), Música (composição), Artes visuais (artes plásticas, fotografia e vídeo), Dança (coreografia). Literatura, Arte e Tecnologia.
A Bolsa, com validade de seis ou doze meses, pagava R$ 1.500 mensais a cada contemplado. Ao longo de sua existência, passou por modificações, como a setorização geográfica das bolsas em cinco áreas de planejamento do Rio, buscando diminuir a concentração de bolsas contempladas na Zona Sul, e a divisão dos candidatos entre Notório Saber e Iniciante. Tais mudanças foram muito criticadas na época em função de preterir critérios de pertinência qualitativa dos projetos em prol de critérios sócio-geográficos, no caso da primeira, e por diminuir a importância de comprovação de carreira na segunda.
Nomes da dança carioca como Esther Weitzman, Frederico Paredes (em parceria com Gustavo Ciríaco), Roberto Pereira, Sílvia Soter, Dani Lima, Paulo Caldas, entre outros, desenvolveram projetos de pesquisa através desta bolsa.
4) PRÊMIO RIODANÇA (1999-2000)
O Prêmio foi uma das iniciativas realizadas em conjunto pelo Comitê Carioca de Dança (ver abaixo) com a Secretaria Municipal de Cultura. Consistiu em um prêmio anual oferecido aos que se destacaram nas produções de dança do Rio de Janeiro. O vencedor de cada categoria (bailarino, bailarina, coreógrafo, figurinista, cenógrafo, iluminador, trilha sonora, produtor e categoria especial/evento) recebia R$ 3 mil. Apenas duas edições. Ela chegou a existir como lei.

“Um prêmio exclusivo para a dança, inventado e julgado por profissionais de dança. Num país onde essa área vem sendo tratada a reboque de outras, em iniciativas semelhantes, a notícia ganha ares de alforria”.
Helena Katz “RioDança anuncia premiados no dia 6” (O Estado de São Paulo, 15/03/99)

Nota: COMITÊ CARIOCA DE DANÇA (1998-2000) - Eleita por artistas, pesquisadores e estudantes da dança carioca, esta comissão (Angel Vianna, Gatto Larsen, Gilda Almeida, João Saldanha e Leonel Brum) foi responsável por vários projetos de política cultural junto aos órgãos governamentais das esferas municipal, estadual e federal. Em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura, lançou o projeto RioDança, que previa quatro vertentes de ação: Subvenção a Companhias, Projeto Memória da Dança, Prêmio Riodança e a criação de um Centro Coreográfico.

“Ao se pensar em políticas públicas para a dança no Brasil, a cidade do Rio de Janeiro surge como um exemplo a ser considerado. A dança desta cidade revitalizou-se a partir da atuação da ex-Secretária Municipal de Cultura Helena Severo (1992 a 1999).
A competência administrativa de Helena Severo tem fundamento em pontos indispensáveis. O primeiro diz respeito à atitude de estabelecer e manter um diálogo constante com a classe da dança, organizada através do Comitê Carioca de Dança. Assim, não instituiu uma política à revelia, mas voltada aos anseios da categoria”.
Jussara Janning Xavier, “A política da dança nos anos 90 em Florianópolis” (http://idanca.net/, 23/03/2005)

“Felizmente, há outros entendimentos a respeito de como realizar uma política cultural para a dança, como demonstra Helena Severo à frente da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro. Como resultado direto de sua atuação, a dança feita no Rio de Janeiro voltou a ocupar lugar central na produção brasileira.
Também lá, nasceu o Comitê Carioca de Dança, responsável por uma mobilização importantíssima da classe de dança em todo o País. O comitê realizou uma exposição sobre memória e entregou o pedido para a criação de um Centro Coreográfico – que a secretária garante que será atendido durante o ano que se inicia em breve”.
Helena Katz, “Balanço 1998” (O Estado de São Paulo, 28/12/1998)
5) PROJETO MEMÓRIA DA DANÇA (1998-1999)
Mais outra iniciativa realizada em conjunto pelo Comitê Carioca de Dança com a Secretaria Municipal de Cultura. O principal evento foi a exposição Imagens da Dança, no Centro de Arte Helio Oiticica, que exibiu fotos, documentos, figurinos, maquetes, partituras e acessórios relacionados à história da dança carioca no século XX.

“Pela primeira vez, tudo isso será oferecido ao público - um material capaz de reconstruir exatamente o que toda atividade cênica logo perde: a memória. Tratada no País como a arte do descartável, a dança conquista, com um empreendimento desse porte, o direito à sua história. É como se lhe fosse concedido o mérito da respeitabilidade”.
Helena Katz (O Estado de São Paulo, 11/08/98)
6) CIRCUITO CARIOCA DE DANÇA (1998-2003)
Projeto criado pelo RioArte, coordenado por Thereza Rocha (então diretora da divisão de dança do RioArte), buscava oferecer uma mostra da produção carioca de dança e proporcionar visibilidade às companhias. O Circuito começou com 22 companhias que, durante três meses, apresentaram-se nos palcos dos teatros Carlos Gomes, Delfim, Glória e Espaço Finep para um público de 9.600 pessoas. No ano seguinte, o evento foi ampliado em direção à zona Oeste e Leopoldina, levando 20 companhias de dança para se apresentar nas Lonas Culturais desses locais.
7) DANÇA EM TRÂNSITO (2002- ...)
Versão carioca da rede internacional Ciudades que Danzan, que busca o encontro entre a dança e os espaços públicos urbanos, teve a primeira edição dentro do III Circuito Carioca de Dança, mas se tornou um evento independente, coordenado desde o seu surgimento pela coreógrafa Gisele Tápias. Inclui apresentações de grupos nacionais e internacionais, oficinas e palestras
8) CENTRO COREOGRÁFICO DA CIDADE DO RJ (2004- ...)
A criação do primeiro Centro Coreográfico brasileiro era um projeto antigo da classe da dança carioca, e um dos projetos defendidos pelo Comitê Carioca de Dança junto à Secretaria Municipal de Cultura. Ocupando uma antiga fábrica de cerveja na Tijuca, o Centro foi dirigido desde a sua inauguração pela coreógrafa Regina Miranda e desde o governo atual de Eduardo Paes pela coreógrafa Carmem Luz. Com aproximadamente 4.000m2, o Centro foi projetado para criação, desenvolvimento, estudo, apresentação, documentação e difusão da arte da dança. O Centro Coreográfico possui estúdios destinados a ensaios, performances e oficinas de dança; um teatro de 155 lugares, batizado com o nome de uma das mais importantes artistas da dança brasileira, a bailarina e mestra: Angel Vianna. O Cco possui também uma sala de vídeo, cinema e conferências, uma biblioteca / centro de memória e apartamentos para hospedagem de artistas em intercâmbio. O CCo abriga diversos programas, dentre os quais o Programa de Residências Artísticas Nacionais e Internacionais, o Núcleo de Dança e Educação, o Projeto Temporada de Dança e o Programa Dança, Vídeo e Cinema” (retirado do website do CCo). Entre 2003 e 2004, o Centro Coreográfico publicou a revista Gesto, com artigos e ensaios sobre dança, além de ter abrigado o Atelier Coreográfico de Dança, iniciativa de Regina Miranda. O Centro nunca teve dotação orçamentária definida para que pudesse levar adiante seus projetos. Atualmente ele sofre com o não funcionamento do seu sistema de ar-condicionado.

“O Centro Coreográfico da Cidade do Rio de Janeiro é um espaço para a pesquisa, criação, desenvolvimento, apresentação, documentação e difusão da arte da dança, integrado ao movimento artístico e cultural do país e do mundo. Aberto a todas as camadas da população, promove a inclusão social, a diversidade e a qualidade artística, estimulando a experimentação e o aprofundamento das questões da dança hoje.
O espaço é uma oportunidade para o encontro das diversas vertentes da dança,entre si e com as outras artes, e abre-se a todas as camadas da população, promovendo a inclusão social, a diversidade e a qualidade artística, através do estímulo à experimentação e ao aprofundamento das questões da dança e do nosso tempo. Ele será sempre o lugar daqueles que atendam ao convite e compareçam ao encontro que tem como marca a inquietação do movimento”.
Texto institucional (www.rio.rj.gov.br/centrocoreografico)
9) APOIO A TEMPORADAS DE DANÇA (2002)
No ano de 2002, o RioArte através de sua divisão de dança dirigida por Thereza Rocha, promoveu e defendeu uma política de apoio a temporadas de dança através da expansão das pautas para dança nos teatros e espaços da prefeitura, do aumento das temporadas para 3 semanas (ao invés das 2 semanas usuais) e designação de uma verba especifica para os custos de produção de cada temporada. O valor girava em torno de R$ 20 mil por companhia. É importante ressaltar que essa política se destinava às companhias não apoiadas por seu programa de subvenção.
Carta entregue ao Secretário Sérgio Sá Leitão na reunião com a Comissão


Rio de Janeiro, 26 de fevereiro de 2013

Prezado Sr. Secretário,

Nós - criadores, bailarinos, performers, coreógrafos, produtores, gestores culturais, professores, críticos, curadores e pesquisadores de dança do Rio de Janeiro - temos ao longo dos últimos anos nos reunido regularmente para discutir políticas públicas para a cultura visando produzir a base para um diálogo e colaboração entre o poder público e a classe de dança, no que diz respeito às orientações da política cultural. Estas reivindicações têm sido, ao longo das últimas gestões, apresentadas ao poder público que, de forma mais ou menos intensa, as têm acolhido. Muitos aspectos da política municipal para a Dança nos últimos anos são resultado desse diálogo, refletidos, por exemplo, na implantação da Gerência de Dança no último governo e antes disso no aperfeiçoamento das políticas de fomento e na própria criação do Centro Coreográfico, um marco inédito para a Cidade.

A cidade do Rio de Janeiro tem se destacado como pólo de criação, reflexão e produção de dança desde a política cultural específica para a dança adotada no início dos anos 90. A dança carioca alcançou, nas últimas duas décadas, grande repercussão nacional e internacional.

Este panorama em expansão, no entanto, é constantemente abalado pela descontinuidade das políticas públicas para a cultura, a exemplo do decreto que extinguiu o Instituto Municipal de Arte e Cultura – RioArte, em 2006, suspendendo uma série de iniciativas valorosas desse instituto na fertilização e multiplicação do panorama cultural carioca. A extinção do RioArte implicou um enorme retrocesso na política pública municipal e selou um processo de esvaziamento quase completo das ações que fizeram da Prefeitura do Rio, até então, um modelo para a dança brasileira.

Seria muito caro para nós encontrar uma nova percepção por parte da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro sobre as amplas possibilidades da Dança. Com sua chegada à Secretaria Municipal de Cultura, achamos que seria o momento oportuno para reiniciarmos um diálogo com a esfera municipal, que tanto já fez em prol do desenvolvimento da dança carioca nas últimas duas décadas, como comprova o histórico em anexo que anexamos a esta carta.

No entanto, a extinção dos cargos de gerência de dança, a demissão do gerente administrativo do Centro Coreográfico, a indefinição quanto às políticas pensadas para área no que concerne o fomento à manutenção de núcleos continuados de pesquisa, à montagem e circulação de espetáculos, ao intercâmbio, a ausência de dotação orçamentária e destaque do papel do Centro Coreográfico como plataforma dinamizadora de intercâmbio nacional e internacional, têm deixado a classe em grande estado de espera e apreensão pelo futuro de sua atividade, ainda mais nesse momento tão crucial de internacionalização e transformação de nossa Cidade.

Buscando alternativas para dinamização da Dança e amparados em experiências anteriores e em necessidades prementes da classe, tomamos a iniciativa de encaminhar à Secretaria Municipal de Cultura algumas sugestões de ações que julgamos pertinentes para guiar uma política para o setor. Acreditamos que esse conjunto de medidas permitirá a continuidade das ações, questão fundamental para a vitalidade do panorama cultural da cidade do Rio de Janeiro.
(continua adiante)
1. 1. Manutenção da Gerência de dança

A gerência de conteúdo é a interface ideal entre o poder público e a sociedade civil enquanto instrumento institucional no apoio na formulação, planejamento e implementação de políticas específicas para a dança. Sua manutenção é essencial para o bom avanço de uma política para a área.

2. 2. Reavaliação do papel estratégico do Centro Coreográfico do Rio de Janeiro como plataforma internacionalização e de referência da dança no Brasil e América Latina, nomeando uma direção artística de peso (através de indicação da classe) para o CCO, e estabelecendo novas parcerias públicas e privadas .

Desde sua criação em 2004, o Centro possibilitou uma série de ações importantes para a democratização e inserção da dança na comunidade, assim como projetos de formação profissional, além de abrir espaço para ensaios e apresentações das mais diversas companhias de dança da cidade. Nesse sentido, dentre as diretrizes do Centro Coreográfico destaca-se a necessidade da criação de uma dotação orçamentária específica para que o CCo possa ampliar e solidificar a sua atuação e suas possibilidades como pólo promotor e irradiador de reflexão, difusão e informação sobre dança; criação e apresentação de espetáculos, trabalhos em processo e eventos; formação e reciclagem de profissionais, residências artísticas, intercâmbios interdisciplinares, estaduais e internacionais, comunicação e integração com a comunidade. O atual momento de internacionalização do país e da cidade é ideal para que o Centro Coreográfico venha a cumprir a plenitude do seu potencial enquanto plataforma internacional ainda não realizado.

3. 3. Elaboração de políticas culturais continuadas para a dança para além dos editais específicos.

A Prefeitura do Rio de Janeiro tem papel determinante no fomento à dança carioca, por meio de subvenções à criação, produção e circulação de trabalhos artísticos. É importante que esta subvenção considere o universo diferenciado da produção, incluindo variedade de linguagens, escalas das companhias, grupos, coletivos e artistas isolados. Os critérios de seleção necessitam de transparência e os períodos de apoio devem considerar a possibilidade de empreender feitos mais sólidos e sustentáveis, algo que os editais de curta duração nem sempre são capazes de suprir. No atual momento, concorrem para o mesmo edital as mais diversas iniciativas. Acreditamos que certos empreendimentos mereçam um investimento direto da prefeitura por terem conquistado existência e importância no calendário da Cidade ao longo de anos de atuação e aperfeiçoamento.
(continua adiante)
4. 4. Ativação do Conselho Municipal de Cultura

Os Conselhos de Política Cultural são instâncias colegiadas permanentes, de caráter consultivo e deliberativo, integrantes da estrutura básica do órgão da Administração Publica responsável pela política cultural, em cada esfera de governo, tendo na sua composição, no mínimo 50% de representantes da Sociedade Civil .

As competências essenciais dos Conselhos são: propor e aprovar, a partir das orientações aprovadas nas Conferências, as diretrizes gerais dos planos de cultura, acompanhar a execução dos planos de cultura, apreciar e aprovar as diretrizes dos Fundos, manifestar-se sobre a aplicação de recursos provenientes de transferências. Entre entes da federação, em especial os repasses de fundos federais, fiscalizar a aplicação destes recursos, acompanhar o cumprimento das diretrizes e instrumentos de financiamento da cultura.

Os Planos de Cultura, elaborados pelos Conselhos de Política cultural, a partir das diretrizes definidas nas conferências de cultura, têm por finalidade o planejamento e implementação de políticas publicas de longo prazo para a proteção e promoção da diversidade cultural brasileira. Com horizontes de 10 anos, os planos darão consistência ao Sistema Nacional de Cultura e constituem –se num instrumento fundamental no processo de institucionalização das políticas publicas de cultura no pais. Com a aprovação dos Planos de Cultura municipais, estaduais e Nacional pelo Poder Legislativo, nas respectivas esferas, esse processo avança politicamente, ganha estabilidade jurídica e tem assegurada a sua continuidade enquanto política publica

5. 5. Liberação, melhoria e investimento nos teatros da rede municipal

Os teatros da rede municipal cumprem um papel de extrema importância no Rio de Janeiro, atuando como rede preferencial de trabalho para a maior parte da produção artística da cidade. São centenas de projetos abrigados por ano, enviados por uma ampla gama atuante de profissionais de perfis e momentos de carreira diversos. A rede municipal recebe diariamente oficinas, residências, debates, espetáculos, shows, exposições, performances.

Esses espaços têm, ao longo dos últimos anos, pelo esforço das residências artísticas e dos festivais, alcançado redes de trabalho e colaboração tanto a nível nacional quanto internacional, possibilitando não só uma grande visibilidade da SMC de seus espaços, bem como abrindo portas para produções cariocas alcançarem outras cidades no mundo.

Ter, neste momento, a maioria dos palcos fechados na cidade significa a interrupção do trabalho diário de centenas de artistas, técnicos, produtores e gestores, bem como a supressão de parte significativa da vida cultural carioca. Em regime de urgência, os teatros da rede pública têm de ser reabertos, e merecem receber um olhar apurado para as suas potencialidades, bem como ter seus equipamentos e instalações revitalizados.
(fim)
compartilhando uma "chamada" que Junior, do Crescer e Viver deu no mural do Reage, artista!, pois considero reflexões pertinentes para qq movimento... bjs em tds!

"...no primeiro momento tá certo de revoltar-se, de se manifestar, de ficar puto com o fechamento dos teatros. Mas este é um fato que não pode ser mudado. Na verdade o fechamento de vários espaços culturais na cidade foi disparado por duas coisas que ninguém falou aqui até agora: a primeira foi uma porrada de equipamento privado que funcionava sem autorização correr para os CBMERJ para pedir alvará porque ficaram se cagando de medo depois do fatídico acidente no RS; a segunda foram os jornais que foram investigar como estavam os equipamentos públicos. A verdade é que numa circunstância em que se constata a irregularidade qualquer gestor público (fosse ele eu ou você) se não fechasse para resolver estaria incorrendo em crime de prevaricação. Não adiante dizer que já era assim há muito tempo, porque agora a parada ganhou proporções que ou corrige ou dá merda. Mesmo que a merda não fosse um novo acidente porque parte dos equipamento culturais não ofereciam risco eminente, mas estavam irregulares e num caso deste o agente público é chamado às favas de lei. Vou dizer aqui o que tenho afirmado todo tempo, tem que dar um tempo até o cara abrir as parada e construir a condição de conversar.

Não adianta vir com o papo que "é mais do que abrir teatro", que "é discutir política pública", "é discutir o modelo de gestão"... sinceramente amigo eu fui na primeira reunião e fiquei ouvindo estarrecido o quanto a maior parte das pessoas demonstravam total desconhecimento dos mecanismos já existentes de participação nos espaços e fóruns de construção social das políticas públicas de cultura. Estava rolando diálogo sobre "o que é o conselho de cultura". Porra quem está disputando política cultura tem que chegar numa discussão desta sabendo disso. E se não sabe não dá para sentar uma roda e dizer que "ah!!! agora a coisa vai" por que nunca se discutiu estas agendas na cidade. ISSO NÃO É VERDADE!!!! É a maior parte deste grupo que não apreendeu e não se apropriou dos espaços públicos de construção social das políticas culturais e da própria cidade. Aqui falo dos espaços que foram institucionalizados (conferências, planos, conselhos...) com participação popular.

Nisso parceiro o movimento demonstra total fragilidade e aí se apega em práticas de chavões, se permite deixar insuflar por discursos e retóricas próprios de uma esquerdopatida e de um desejo de terceiro turno eleitoral. Não estou gereneralizando, tenho um apreço, respeito e crença na boa vontade da maioria e profundo admiração por uma minoria. Logo sei que o movimento não é isso, mas tem que além de não ser parecer não ser.

Manter mobilizado não manter-se metendo a porrada. Este espaço aqui é público e todo mundo lê e manifesta-se. Em alguns caso, ou melhor, em muitos casos com expressões excessivamente agressivas e com poucas proposições complexas. Isso não é próprio para um movimento que se pretende ser eficiente na incidência na disputa de um desenvolvimento da cidade pela cultura.
(continua no próximo)
Estas paradas que A MIORIA DO MOVIMENTO ESTÁ DISCUTINDO AGORA (sistema, fundo, conselho, conferência, plano e o escambal) começa de uma construção do Ministério da Cultura na gestão do Gilberto Gil (tudo com participação popular) e o Sérgio Sá Leitão este na gênese desta parada, ajudou a construir isso e não acredito que ele possa trair a estes processo. Seria trair-se à si mesmo. Então tem que dar um tempo para o cara, não pode ser uma assembléia permanente. Se a galera quer mesmo discutir política cultura que os seus atores comecem a estudar esta institucionalidade. Será o meio de se apropriar, servir-se e utilizar ela com eficácia. Isso é mobilizacão. Porque quer mesmo discutir política ciultural e não tem de nenhum dos sujeito que aqui se menifestam nenhuma contribuição a discussão setorial de teatro no Plano Estadual de Cultura que está sob consulta? Até ontem só haviam dois textos postados em agosto de 2012.

Assembleísmo permanente é coisa de movimento estudantil. Nós fazedores de cultural deveríamos estar disputando modelo de desenvolvimento. Mas, desculpem a sinceridade, tá faltando preparo. Te coisas horrorosas aqui, como aquele post do Domingo Oliveira (com todo respeito à trajetória dele) afirmando que a arte é capaz de construir a "nova moralidade" (algo mais ou menos assim) para o nosso País. Sinceramente irmão ISSO É DE UM UDENISMO horroso.

É triste, mas tenho visto coisas atrasadas e conservadoras que no lugar de ousadas, revolucionárias e transformadoras, soam como práticas caricatas e me trazem a imagem do sectarismo vestido com a camiseta do Che Guevara.

Repito, não é generalizando, mas estou escrevendo isso para uma grande maioria deste movimento. Tem nele uma minoria que que admiro, respeito e tenho como liderança. Aliás me preocupo com ela que ao final terá de sustentar um movimento que se seguir em cima de um caixote vai perder, como já estar perdendo ao meu ver, a consequência.

abraços, Junior Perim"

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